Contos | Os dois ativos que quiseram ser passivos




         Tinha acabado de fazer 21 anos, quando recebi uma mensagem de um rapaz de 25, desafiando-me para ir a casa dele, numa pequena cidade, perto de São Paulo. Vivia sozinho, e tinha todo o tempo livre, pois não estava nessa altura a trabalhar. Pelo nick, identificava-se como ativo, e com preferência por maduros. Pelo meu nick, identificava-me como versátil, pois sou totalmente versátil, ativo e passivo.
         Trocamos contatos e, dois ou três dias depois, fui ter com ele. Encontramo-nos no estacionamento de uma área comercial. Chegou um pouco depois de lhe ter ligado, a dizer que já lá estava. Vi sair do carro um rapagão alto e forte, de 1,87m, com cerca de 90kg. Trazia umas bermudas, que deixavam ver umas pernas grossas e adivinhar um corpo fenomenal. Cumprimentamo-nos, e ele disse: "Quer vir a minha casa?" Respondi-lhe que sim, claro, e que me tratasse por tu. Segui atrás dele, e fizemos o caminho até à casa dele, que aprendi, e que depois voltei a fazer, várias vezes.                   Morava num terceiro andar, num prédio sem elevador. Subindo a escada, à minha frente, fui admirando aquele belo corpo, com o qual haveria de passar bons momentos de sexo intenso. Entrados no apartamento, mal se fechou a porta, logo nos abraçamos e nos beijamos, trocando longos linguados, bem molhados.

          Depois, ainda no hall de entrada, baixei-lhe as bermudas e os boxers, que escondiam um razoável instrumento que. bem erecto, enfiou com prazer na minha boca gulosa, e que mamei lascivamente durante uns minutos. Fomos a seguir para o quarto, despindo-nos um ao outro, ao mesmo tempo que nos beijávamos loucamente, caindo na cama completamente nus, enrolados um ao outro. Lambi-lhe todo o corpo, coisa que gosto muito de fazer: os pés, as pernas, as coxas carnudas, a barriga, o peito, os braços, as axilas, as costas, o rabo.
           Estivemos um bom tempo nesses preliminares deliciosos, até que chegou a altura em que ele naturalmente me quis penetrar. Pus-me deitado de bruços, de rabo para cima, pois é nessa posição horizontal que gosto mais de penetrar e de ser penetrado. Entrou devagarinho, até ficar completamente dentro de mim, e pôs-se a desfrutar-me, evitando ao princípio grandes estocadas, para prolongar ao máximo o ato da penetração, tirando dele o máximo prazer. Ao lado da cama, as portas do roupeiro tinham um espelho, no qual eu via o corpo dele montado no meu. A dado passo, encostou o peito às minhas costas.
       
             Sentindo o corpo dele colado ao meu, não me contive, e explodi num orgasmo fortíssimo, um dos melhores que experimentei no papel passivo. Encontramo-nos depois várias vezes, chegamos a estar quatro horas sem parar, no bem-bom, e um dia ele confessou-me que tinha vontade de que eu o penetrasse também, coisa que nunca lhe tinha acontecido. Ele era só ativo, e nem sequer mamava!

            Não chegou a proporcionar-se nesse dia, porque já era tarde, e eu tinha de regressar, mas foi na vez seguinte: ele penetrou-me, como de costume, e depois penetrei-o eu a ele. Satisfeita a curiosidade, disse que não era propriamente o forte dele, ser penetrado, mas voltou a sê-lo. Num dos encontros seguintes, com minha surpresa, no enrolaço, senti a certa altura o meu penis úmido: a boca dele, a mamar-me, coisa que até então nunca tinha feito. Não foi a primeira vez que um ativo quis ser passivo, comigo.
             Uns cinco ou seis anos antes, tive um relacionamento com um brasileiro, de 27 anos, na altura, que vivia em Portugal havia algum tempo, e que conheci também através da net. Era também um belo rapagão, 1,80m, bem constituído, e muitíssimo meigo, que também adorava beijar. Foi em conversa na net, depois do primeiro encontro, que me manifestou o desejo de que eu o possuísse, o que veio a acontecer no encontro seguinte.

              Só dizia, enquanto eu ia entrando, com jeitinho, dentro daquele rabo que se abriu para mim: "Devagar! É a minha primeira vez!" Foram depois mais algumas, ele deliciado, a entregar-se todo, com paixão!